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Mostrando postagens de 2020

O INTÉRPRETE DE TRADIÇÕES

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Inspiração! Todo pai tem a missão de conduzir seu filho a um bom trilho! Alguns pais têm a missão de mais pessoas conduzir para um destino a luzir. Esse é o caso do Egydio Alves de Medeiros: bombeiro, salva vidas, atleta e poeta que em 2007 redigiu um hino que um clube assumiu (Clube Atlético Nacional). Das qualidades do pai, alguma palavra sobre o poeta vai. Desde jovem suas rimas encantaram as pessoas homenageadas em suas trovas do Rio Grande do Norte à Paraíba, de Minas a São Paulo. Após uma vida inteira de profissão em prosa, ao voltar a sua terra natal, não só foi lembrado pelo nome, mas suas rimas foram repetidas com orgulho e carinho. Seus versos viraram tradição! De novo a inspiração, seus versos comemoram a vida, os bem quereres, o Brasil e o São João. Talento, não nega não. Mas de tanto rimar, no parque Vila Lobos teve algo a lhe desafiar. Do clube dos ferroviários foi instado a uma letra de música formar, o que para os outros não é normal, tornou-se o enredo do Na

DEFESA DO MONUMENTO ÀS BANDEIRAS: UMA OBRA MODERNISTA

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Há um debate acerca dos monumentos de São Paulo após os protestos de Bristol na sequência dos movimentos antirracistas iniciados nos EUA pela morte de George Floyd. Um dos marcos em discussão em terras paulistas é o Monumento às Bandeiras, obra sem qualquer caráter segregacionista. Aliás, planejado e executado por autor em movimento intelectual avesso ao racismo e de enaltecimento ao indígena brasileiro. Essa discussão torna clara a necessidade de saber a origem dos monumentos para que as pessoas não combatam a própria ideia que professam. O que fica evidente na discussão é que a metrópole paulista anda muito ocupada com a subsistência num mundo corporativo, de comércio, de serviços e de produção, não reserva tempo para enaltecer a sua  pluralidade, resgatar a própria cultura em comum. O habitante de São Paulo acabou por deixar a história da cidade e a sua importância para a construção do Brasil esquecidas.  Não podemos fazer julgamentos por rótulos, mas pelo papel de cada perso

EM DEFESA DA ESTÁTUA DE BORBA GATO

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Chegou ao Brasil com maior vigor a discussão acerca dos homenageados em monumentos desde o protesto britânico contra o racismo ocorrido em Bristol, em 7 de junho de 2020, movimento com o qual simpatizo (antirracista). Muitas pessoas passaram a pensar o destino dos monumentos de São Paulo. Pois bem, gostaria de defender a estátua de Borba Gato.   Em primeiro lugar, Borba Gato foi o primeiro governador de fato de Minas Gerais, com o posto de Guarda Mor da região das minas. Esse fato é importante, pois poucos cargos relevantes eram reconhecidos por Portugal e ocupados por nascidos nas colônias no século XVII e início do século XVIII. Borba Gato foi das poucas pessoas daquele período histórico que, com origem meramente colonial ou simples, sem ser dono de engenho, ocupou cargo reconhecido pela coroa.   Nesse sentido, a importância do homenageado tem um caráter de início da nacionalidade brasileira . Borba Gato acompanhou Fernão Dias no que podemos dizer ser a ocupação e fundaçã